O inigualável

De Alexandre III, alguns conhecem o filme de Oliver Stone (que destacou muito mais as preferência sexuais de Alexandre do que sua genialidade militar). Outros, apenas este texto, que vem circulando pela internet:


"Quando à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus três últimos desejos:


1 - que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2 - que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...) e
3 - que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:

1 - Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos."

Se são palavras de Alexandre, eu não sei. Mas, poderiam ser, devido ao conteúdo tão profundo e verdadeiro. Alexandre foi muito mais do que um general bissexual (a maioria era) ou afeminado.

Educado pelo filósofo Aristóteles, tornou-se o maior comandante militar do mundo antigo (nem César se igualou a ele).

Em 12 anos de reinado, conquistou 90% do mundo conhecido da época.

Promoveu uma união cultural entre gregos e egípcios, dando início à civilização Helenística.

Preferia assimilar a cultura e os costumes da região dominada a destruí-los, o que ficou conhecido como "política de fusão".

Viveu entre 356-323 a.C., morrendo, aos 32 anos, na Babilônia.

Morreu de uma febre "misteriosa"; envenenado - como sugere Stone - ou simplesmente de excesso de álcool e bebida, após 10 dias de comemorações.

Alexandre, o homem que uniu o Oriente e o Ocidente, algo cada dia mais distante de acontecer.

(foto: busto de Alexandre III, no Museu Capitoline de Roma)

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