Raffaella Curiel, sou sua fã


A estilista italiana Raffaella Curiel (foto) nem sabe que eu existo (e há pouquíssimas chances de um dia ela saber) mas tornei-me sua fã desde que ela apresentou sua nova coleção na semana da moda, em Roma, ontem (10). E não foi por suas criações (porque nem assisti ao desfile) mas por sua atitude.

Desde que a caixa de pandora do mundo da moda se abriu, mostrando-nos uma câmara de torura que mantém as modelos reféns de uma magreza custe o que custar, os estilistas passaram a condenar o estereótipo Barbie na passarela. E olha que a Barbie ainda tem algumas curvas! Este discurso "abaixo a magreza" sempre me pareceu apenas para abafar a mídia e os casos de anorexia que estavam matando jovens modelos pelo mundo (muitas, jovens demais!).

Mas, Raffaella Curiel (não me cansarei de dizer este nome) foi além. Ela dispensou quinze modelos que apresentariam sua coleção por serem magras demais. A estilista disse que suas roupas são espelhadas - imagine - em manequins 42, longe das modelos moldes 36 e 38 enviadas pelas agências.

Até que enfim algo de real no mundo da moda. Alguém sabe que a nossa realidade é bem diferente dos corpos retilíneos que servem de cabides nas passarelas. Claro que existem mulheres que cabem em roupas 36 e 38, e devem ser muitas. Porém, a realidade (principalmente no Brasil) não é essa.

Vestir uma calça ou blusa 42 está prá lá de ótimo! Sugere curvas, seios, quadris, coxas, dotes exclusivos de mulheres lindas, em forma e.... reais.

Sua atitude foi criticada por outros estilistas, que dizem que as modelos são "magras por natureza". Não me importa o que digam (e nem a eles a minha opinião). Porém, posso apostar que a maioria das mulheres pensa como eu: 42 é bom demais!!!!

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